sexta-feira, 23 de abril de 2010

O início de um caminho


Hoje quero iniciar um novo canto, um canto dos meus pensamentos, pensamentos das noites em que navego livremente ou dos dias em que pareço não estar. Dúvidas, certezas, alegrias, tristezas, contradições, compreensão, morte, vida.

Um dia olhei para o céu e reparei na quantidade de estrelas que nele consigo ver. Estrelas tão grandes mas que de tão distantes de nós aparecem-nos como pequenos pontos de luz. Esses pequenos pontos são afinal grandes estrelas, tantas vezes maiores do que o nosso planeta, tantas vezes maiores do que nós. Em cada uma delas está um desconhecido sistema de planetas tão distantes que seriam precisos anos a viajar à velocidade da luz para os alcançar. Algo inimaginável pelo menos para já e que nos dá a ideia de que de facto somos infinitamente pequenos. Somos o infinitésimo do universo.

Pensando desta forma, perturba-me que haja no mundo tanta razão sobre os mais diversos temas. No topo de todas as razões inabaláveis está a eterna discussão sobre a existência ou não existência de Deus. É aqui que a minha viagem tem um ponto de viragem.

Por um lado a ciência desenvolve a teoria que é hoje a mais aceite para a criação do universo, o “Big Bang”, que explorando ao limite entramos num ciclo do qual não saímos. Se o “Big Bang” é a explosão de toda a matéria concentrada num ponto de fusão no universo e se essa matéria formou o que hoje conhecemos e se o universo expande até voltar a regredir ao ponto inicial entramos então no tal ciclo infinito e sem resposta à origem da matéria. Nada conhecemos nada que seja criado do nada e ficamos com uma pergunta na cabeça, de onde veio a primeira matéria?!!! Por outro lado acreditamos num Deus que pode deixar-nos com a mesma questão na cabeça, o que é Deus?! É matéria?! É um espírito no Universo!? Afinal o que é Deus? Como o podemos definir? Como foi criado? Se foi criado, quem o criou?!

É aqui que termino deixando estas questões na cabeça, para que possamos pensar, até que algo mais surja no “Canto do meu ser”.